A professora do IFCE, Êmy Virgínia, demitida em um processo irregular, cumpriu agenda em Brasília nos dias 28 e 29 de fevereiro. Na capital nacional, a professora se reuniu com técnicos do Ministério dos Direitos Humanos (MDH) e do Ministério da Gestão e Inovação (MGI).
Durante os encontros, Êmy relatou, em detalhes, todas as arbitrariedades do seu processo, além dos encaminhamentos jurídicos e administrativos tomados pelo SINDSIFCE, em sua defesa. A Coordenadora Geral do SINASEFE, Artemis Martins, acompanhou as agendas.
No MGI, Artemis Martins, denunciou o modelo de gestão baseado na abertura de processos administrativos que culminam em demissão, sem que antes o servidor seja advertido ou suspenso e que essa é uma política da Reitoria do IFCE, com aval da sua Procuradoria.
Já no MDH, a dirigente denunciou a prática sistemática de violação de direitos humanos dos servidores públicos, com casos de LGBTFOBIA, inclusive já devidamente relatados para Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Além das reuniões nos órgãos do governo, visita à parlamentares, como a deputada Maria do Rosário (PT), Luiza Erundina (PSOL) e Talíria Petrone (PSOL), buscaram sensibilizar para a arbitrariedade da demissão.
Reunião com Assessorias – Professoras Êmy Virgínia e Artemis Martins, conversaram, ainda, com assessores dos deputados federais, Lindemberg (PT/RJ), Pastor Henrique Vieira (PSOL/RJ), Tarcísio Mota (PSOL/RJ), Alice Portugal (PcdoB/BA), Talíria (PSOL/RJ), Reimond (PT/RJ), Glauber Braga (PSOL/RJ), Áureo Ribeiro (SOLIDARIEDADE/RJ) e Pedro Uczai (PT/SC).
“Estou consciente de que a minha demissão impacta o conjunto dos servidores, afinal é importante lembrar que, a partir do momento, em que o IFCE realiza uma demissão, seja de docente ou técnico, de forma arbitrária, é aberto um precedente grave para o que estão na instituição e os que virão a fazer parte. Não sou a primeira a passar por isso, mas quero que o meu caso, apesar de muito doloroso, sirva como um despertar para todos nós. Gostaria de aproveitar e agradecer ao SINDSIFCE, meu sindicato, que tem estado ao meu lado, desde a primeira hora.”
Ao final, novas reuniões foram agendadas e encaminhamentos foram definidos para garantir que a professora Êmy seja readmitida pelo IFCE.
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