Mais de 80 professores e técnicos-administrativos do SINDSIFCE somaram-se, na última quinta-feira (9), a uma agenda unificada do Dia Nacional em Defesa das Universidades, Institutos e Cefets, articulada conjuntamente com SINTUFCE, ADUFCE e SINDUECE. A programação contou com uma aula pública na Praça do Ferreira, em Fortaleza, para dialogar com a população sobre temas centrais do serviço público e da Educação e foi mais uma oportunidade de panfletar e dar visibilidade à Greve da Educação. Docentes, técnico-administrativos e estudantes fizeram falas e responderam perguntas sobre orçamento público e outras temáticas.
Logo no início do ato, Valmir Arruda, Coordenador Geral do SINDSIFCE e Membro do Comando Geral de Greve, lembrou que os Institutos Federais são a política de educação da rede federal com maior capilaridade. “Somos nós que estamos espalhados por todo país; somos nós que educamos os filhos e as filhas da classe trabalhadora”, destacou. “Então, ficamos felizes com o anúncio de novos institutos, mas também estamos preocupados; nosso orçamento é pífio. O Governo, que nós elegemos, precisa nos valorizar”, disse.
A presidenta da ADUFC, Profª. Irenísia Oliveira, pediu o apoio da sociedade para a mobilização em defesa da Educação e da universidade pública. “Estamos em luta permanentemente. Se nós temos universidade pública hoje, se ela é gratuita, pública e de qualidade, isso se deve à luta dos trabalhadores da Educação, dos docentes, técnico-administrativos e estudantes”, disse. “Estamos lutando para que os nossos salários não sejam corroídos pela inflação, para que possamos ter uma carreira digna, que possa manter a qualidade da educação pública do nosso país”, acrescentou.
Wagner Pires, da coordenação-geral do SINTUFCE, citou a postura política da greve no sentido de reivindicar uma educação pública e para o povo. “Estamos nas ruas enfrentando o grande capital, aqueles que mercantilizam a educação superior. Esse é o motivo da greve: impedir que a universidade pública se torne uma grande mercadoria”, destacou. “Quando a gente luta por um novo plano de cargos e carreiras, estamos lutando para que a universidade seja um local com qualidade de vida, trabalho e estudo para todos”, disse.
Estudante de Psicologia da UFC e integrante do Movimento Correnteza, Icaro Rionds citou as desigualdades que restringem o próprio acesso à universidade pública. “Ingressar na universidade exige um preparo integral e muitos estudantes precisam trabalhar para sobreviver. Temos uma política de cotas que ampliou o acesso de pessoas de diferentes etnias e classes sociais na universidade, mas precisamos também de políticas de permanência estudantil”, ressaltou, alertando para os riscos do Novo Ensino Médio.
O Dia Nacional em Defesa das Universidades, Institutos e Cefets, ocorrido em vários estados do país com apoio do SINASEFE, reforçou pautas como o fim das intervenções nas universidades, a ampliação do orçamento destinado às Instituições Federais de Ensino (IFE) e a paridade entre servidores/as ativos/as e aposentados/as.
Confira algumas imagens do ato: