Infelizmente, a política do ódio de Bolsonaro acionou diversos gatilhos de violência, como uma “autorização” ao preconceito e ao desprezo que muitos escondiam.
Cerca de 20 milhões de brasileiras e brasileiros (10% da população), se identificam como pessoas LGBTQIA+, de acordo com a Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). Cerca de 92,5% dessas pessoas relataram o aumento da violência contra a população LGBTQIA+, segundo pesquisa da organização de mídia Gênero e Número, com o apoio da Fundação Ford.
Ainda segundo a pesquisa, esses dados estão atrelados à última eleição presidencial do Brasil, em 2018. De lá pra cá, 51% das pessoas LGBTQIA+ relataram ter sofrido algum tipo de violência motivada pela sua orientação sexual ou identidade de gênero. Destas, 94% sofreram violência verbal. Em 13% das ocorrências as pessoas sofreram também violência física.
O Relatório Mundial da Transgender Europe mostra que, de 325 assassinatos de transgêneros registrados em 71 países nos anos de 2016 e 2017, um total de 52% – ou 171 casos – ocorreram no Brasil.
Esses números expressam a terrível e assombrosa realidade da comunidade LGBTQIA+.
O Sindicato dos Servidores do IFCE entende que um Sindicato, antes de ser um importante agente político, é, também, importante agente de mudança social. Essa é a perspectiva que nos guia.
Não podemos falar em direitos, benefícios, salários, sem entender que somos, não apenas servidores, mas seres humanos, diversos, vítimas de preconceitos, do ódio e da intolerância. “Reduzir” o Sindicato a uma atuação “protocolar” é não compreender, em absoluto, o nosso objetivo enquanto representatividade de luta.
Qualquer entidade sindical que omite da sua luta a pauta LGBTQIA+ não tem a compreensão da sua natureza política.
Por isso, o SINDSIFCE em todos os espaços defende e atua no combate a LGBTFOBIA.
Essa é a luta! E ela é de todes!