O CNG-SINASEFE divulgou ontem (16/05) uma nota à imprensa e à comunidade, pautando a distorção de informações sobre a remuneração de professoras(es) federais. Confira na íntegra o conteúdo:
NOTA DO COMANDO NACIONAL DE GREVE DO SINASEFE À IMPRENSA E COMUNIDADE
Governo Federal distorce informações sobre remuneração de professoras(es) federais
O Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE) denuncia a distorção de informações por parte do Governo Federal quanto à remuneração dos profissionais da Educação Federal, após a reunião da 5ª Mesa da Carreira Docente, realizada na sede do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) no dia 15 de maio, em Brasília-DF.
O salário inicial do segmento docente será R$5.037,00 e não R$13.753,00 como anunciado pelo Governo Federal. É preocupante a distorção provocada como resultado da mesa de negociação, uma vez que ela prejudica o entendimento sobre o conjunto do salário do corpo docente da Rede Federal de Ensino.
A remuneração dessas(es) profissionais é composta por diversos elementos, incluindo o salário base, a retribuição por titulação (RT), além dos benefícios como o auxílio-alimentação e auxílio-saúde per capita. O SINASEFE enfatiza que a retribuição por titulação remunera a especialização, o mestrado e o doutorado, sendo componentes dessa carreira docente.
É importante destacar, inclusive, que há profissionais que ingressam na carreira apenas com a graduação e, à medida que avançam em sua formação acadêmica, progridem na carreira e têm uma remuneração maior. No entanto, mesmo com as propostas apresentadas pelo governo, o salário-base dos professores federais ainda se encontra abaixo do piso federal, com a titulação do doutorado.
Para além da negociação com docentes, é crucial ressaltar a situação dos técnico-administrativos em educação (TAEs) da Rede Federal, que estão na greve conjunta, cuja remuneração é a mais baixa e defasada do Serviço Público Federal, com um técnico de nível superior recebendo menos de 3,5 salários mínimos e um de nível médio com menos de 2 salários mínimos.
Cabendo o destaque de que a proposta apresentada pelo governo ao segmento TAE, na última mesa de negociação, é a mais rebaixada das apresentadas até agora, com o índice de 12,82%, ampliando as desigualdades salariais no Executivo Federal.
O SINASEFE reafirma seu compromisso em buscar um diálogo transparente e construtivo com as autoridades competentes, visando garantir uma remuneração digna e justa para todas(os) as(os) servidores da Educação Federal, reconhecendo a importância do trabalho desempenhado por cada um em prol da educação pública de qualidade em nosso país.
Seguimos em greve por tempo indeterminado!
COM INFORMAÇÕES DA ASCOM DO SINASEFE.