A seguir, na íntegra, Carta enviado aos Diretores e Diretoras dos Campi do IFCE, na noite de ontem, 08/06, às 21:54, via email.
Prezados Diretores e Diretoras dos Campi do IFCE, boa noite!
No dia 26 de abril, o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE), em Plenária, deliberou Greve por Reajuste Salarial a partir do dia 16 de maio.
É importante destacar que a pauta de reajuste salarial já vinha sendo discutida desde o final de 2021 e compunha a pauta de reivindicação dos Servidores Federais, protocolada no Ministério da Economia em 18 de janeiro de 2022.
Tendo em vista que 2022 é de pleito eleitoral, o prazo para reposição salarial é até 02/07. Portanto, temos pouco tempo para intensificar a luta e fazer crescer a greve e, assim, pressionar o Governo Federal.
O Sindicato dos Servidores do IFCE (SINDSIFCE), seção do SINASEFE, pautou a greve em assembleia geral nos meses de março, abril, maio e junho e, na última, realizada em 03/06, deliberou-se por greve a partir do dia 09/06, Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação Pública e contra os cortes orçamentários.
De fevereiro a junho, o SINDSIFCE enviou ofícios à Reitoria para negociação e ontem, 07/06, ocorreu a primeira reunião com o Comando de Greve.
Na oportunidade, o Comando de Greve apresentou a reivindicação ao Reitor, qual seja: suspensão do calendário acadêmico por 15 dias e acordo político de garantia de não corte de ponto dos servidores em greve.
Após quase duas horas de intenso diálogo, o Reitor comprometeu-se de discutir a questão no COLDIR, na quinta-feira (09/08), com outros Reitores e com o CONIF e firmamos compromisso de nova reunião na segunda-feira (13/06) e que, até que a segunda reunião de negociação ocorra, não haverá corte de ponto dos servidores e servidoras grevistas.
A greve é um direito constitucional e todos os reajustes salariais até aqui foram frutos desta luta, que é coletiva.
Recentemente, tivemos o anúncio de cortes orçamentários na Educação, colocando gestores como V. Sas. em situação precária de gerir um campus sem os recursos básicos, contribuindo para submeter gestores a terem que assumir despesas institucionais com os próprios rendimentos ou, mais grave, condicionar a manutenção dos campi a emendas parlamentares que, além de colocá-los em situação vexatória em cumprir um papel que não lhes é devido, faz do financiamento da Educação e dos Serviços Públicos um balcão de barganha e moedas de trocas.
Neste sentido, conclamamos os Diretores e as Diretoras dos Campi do IFCE a estarem conosco nesta luta que é de todos nós, e que não é apenas por recomposição salarial, mas de defesa da Educação Pública e da subsistência das Instituições de Ensino Superior Públicas, como o nosso Instituto, tão atacadas nos últimos anos, especialmente neste governo.
Atenciosamente,
DIRETORIA COLEGIADA DO SINDICATO DOS SERVIDORES DO IFCE