Aula Pública discute a Greve da Educação Federal e a intransigência do Governo durante as negociações

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Ontem, dia 10 de junho, foi realizada uma aula pública com o tema “Greve da Educação Federal: em que pé estamos?”, ministrada pela Professora Artemis Martins, coordenadora geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (SINASEFE). O evento ocorreu na tenda instalada no pátio da Reitoria do IFCE e contou com a participação de 50 servidores.

Para chamar a atenção dos servidores e servidoras da Reitoria e incentivá-los a participar da aula, foi organizado um cortejo. O evento foi aberto a toda a comunidade do Instituto Federal, criando um espaço de discussão e integração em meio ao movimento grevista que afeta a educação federal.

Durante o debate, foi discutido o fato de que a greve pautou o anúncio de investimentos feito ontem, pelo governo. No entanto, essa vitória é considerada insuficiente, pois as reivindicações dos trabalhadores ainda não foram plenamente atendidas.

EM TEMPO – O presidente Lula (PT) anunciou cerca de R$ 4,02 bilhões para instituições. Como já havia R$ 1,5 bilhão previsto no PAC para os hospitais universitários, o total do programa para a educação vai para R$ 5,5 bilhões.

A Professora Artemis, durante sua aula, abordou os recentes anúncios do governo federal feitos na manhã de ontem, destacando a postura intransigente do governo nas negociações.

Artemis Martins, comentou a fala do presidente Lula, ao dizer que queremos “tudo ou nada”: “a gente cedeu, cedemos muito, então a gente não tá querendo tudo, como ele disse. A gente tá brigando por aquilo que é fundamental. A gente quer estabelecer um mínimo, o básico pra gente sair da greve. Negociamos com a nossa base, a revogação imediata da portaria 983 e algum percentual para 2024; a reposição da inflação. Isso é tudo? Não! Não somos nós os intransigentes!”, disse.

A discussão também ganhou um novo capítulo com o pedido do presidente Lula pelo fim da greve. Em seu pronunciamento, Lula enfatizou a necessidade de retomada das atividades. Contudo, a posição do governo tem sido considerada inflexível pelos grevistas, que reivindicam uma negociação mais justa e transparente.

Os servidores presentes na aula pública expressaram sua preocupação com a falta de diálogo efetivo por parte do governo e reafirmaram seu compromisso com a luta e com a greve.

Esta semana é considerada decisiva para fortalecer a greve e lutar pelos direitos dos trabalhadores, afinal estão marcadas novas mesas com o MGI, nos dias 11/06 (carreira TAE) e 14/06 (carreira docente).