O grupo docente que tenta, nesta semana, fundar uma associação de caráter sindical no Ceará para dividir a categoria docente, afirma em publicação do Diário Oficial da União que será filiada ao Proifes. O Proifes é conhecido e rejeitado nacionalmente por diversas entidades sindicais e por sua própria base por assinar acordos rebaixados contra a categoria docente em diversas greves.
Em maio de 2024, durante a última greve da educação federal, o Proifes chegou a realizar uma reunião secreta com o governo federal para assinar o acordo rebaixado. À época, os docentes rejeitaram, por ampla maioria, a proposta de acordo do governo federal, e apresentaram uma contraproposta. Neste momento, o Proifes não estava presente.
O secretário de Relações de Trabalho do governo, José Lopez Feijóo, chegou a afirmar que assinaria o acordo com a Proifes, mesmo à revelia das professoras e professores em greve. O relato foi feito pelo presidente do ANDES-SN, Gustavo Seferian, e divulgado no site da entidade. Ao ser indagado sobre essa prática autoritária e antissindical, que contraria a sua própria história e do presidente Lula, Feijóo afirmou, em tom irônico, que “daria esse tiro no pé”.
A decisão golpista do Proifes foi notícia nacionalmente, no Correio Braziliense e no Brasil de Fato. Nas notícias, foi destacada a proposta do SINASEFE e ANDES, de reajuste de 7,06% ainda em 2024, de 9% em janeiro de 2025, e de 5,16% para 2026, valor superior ao assinado pelo Proifes.
Neste momento, esta mesma entidade que atua contra os docentes está tentando se estabelecer no Ceará através de um golpe, criando uma associação com o real objetivo de criar um sindicato de base intermunicipal.
Se esta entidade que se diz sindical prejudicou os docentes não só em 2024, mas também em 2012 e 2015, por que agora ela passaria a defendê-los?
