Após uma grande mobilização nacional encabeçada pela sociedade civil e movimentos sociais, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que ampliaria a proteção de parlamentares foi rejeitada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (24).
A votação pela rejeição foi unânime entre os senadores, mostrando o quanto a pressão popular foi relevante na derrubada da proposta. Antes mesmo da decisão, diversos deputados que votaram a favor da PEC se pronunciaram demonstrando arrependimento, ou melhor, se acovardaram em consequência direta da pressão pública.
No último domingo (21), apenas em Fortaleza, foram contabilizadas cerca de 40 mil pessoas no ato realizado na Av. Beira Mar contra a PEC da Bandidagem e contra a proposta de anistia dos golpistas. Em todo o país, foram contabilizadas mais de 600 mil pessoas nas manifestações nas capitais.
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A população deixou evidente que não tolerará ser ainda mais desrespeitada pelo congresso. É necessário retomar o debate de outras pautas que são verdadeiramente pertinentes à melhoria de vida da população, como o fim da escala 6×1 e a taxação dos super ricos, que são esnobadas por um congresso conservador que trabalha apenas em benefício próprio, buscando aumentar ainda mais seus privilégios enquanto a população sofre para garantir o mínimo para uma vida digna.
Precisamos seguir articulados enquanto movimento sindical, ao lado de outras entidades de luta e da sociedade civil, para barrar outras propostas nefastas da direita, a exemplo da Reforma Administrativa. É necessário e urgente o entendimento da população sobre mais uma medida que utiliza a falaciosa justificativa do progresso para prejudicar trabalhadores, aumentar o poder do estado em detrimento do povo e manter privilégios da elite.